Automação na Aviação – Pilotos que não pilotam
A capacidade dos pilotos para fazer os aviões voarem por controlo manual está num limite negativo crítico porque muitas vezes confiam demais nos sistemas automatizados de voo.
A conclusão estarrecedora é de um relatório sobre segurança aérea, encomendado pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) e que recentemente divulgado pela imprensa.
Os sistemas automatizados de voo em questão abrangem toda a gama de auxílios computorizados de voo, incluindo o piloto automático e o controle automático de velocidade e de aterragem.
Numa entrevista um Ex-piloto da Lufthansa diz que os pilotos não são devidamente treinados para os novos desafios e cita: “Há excesso de automatização na aviação moderna“
Abaixo deixamos um excerto de uma entrevista (Fonte: oGlobo):
BERLIM — A tragédia com o avião da Germanwings é vista pelos especialistas como um enigma. Segundo Jörg Handwerg, especialista em segurança de voo da Associação dos Pilotos Alemães “Cockpit”, há indícios que o excesso de automatização da aviação moderna poderia ter contribuído.
Na sua opinião, o que causou a queda do avião da Germanwings?
Ainda é cedo para a definição da causa do acidente. Eu diria que para um avião cair nunca há uma causa definida mas uma série de causas que contribuem para o desastre. No caso do Airbus, avião que já pilotei e conheço bem, há uma determinada filosofia de dar o comando do voo ao computador e não ao piloto. Isso eu considero um ponto fraco. Normalmente não há problema, pois o Airbus é um dos aviões mais seguros, um dos mais usados no tráfego aéreo. Mas quando acontece um problema, o piloto tem mais dificuldade em corrigir o erro. A filosofia do Airbus parte do pressuposto de que a máquina precisa controlar o fator de risco, que seria o homem.
Como piloto da Lufthansa, já teve problema com o computador de bordo?
Eu nunca tive problema porque conheço bem a filosofia da Airbus. Muitas vezes, porém, os pilotos não são devidamente treinados para os novos desafios.
Como piloto da Lufthansa, já teve problema com o computador de bordo?
Eu nunca tive problema porque conheço bem a filosofia da Airbus. Muitas vezes, porém, os pilotos não são devidamente treinados para os novos desafios.
O senhor vê paralelo entre o desastre da Germanwings e o caso do Airbus da Lufthansa, que perdeu rapidamente altitude entre Bilbao e Munique?
A perda de altitude foi causada pelo congelamento dos sensores que transmitiram ao computador uma informação errada. O resultado foi uma redução drástica da altitude, sem que os pilotos conseguissem corrigir o erro. Mas o comandante de voo era muito experiente e conseguiu desligar o sistema, corrigir a altitude e aterrissar em Munique.
Por que os pilotos da Germanwings não tentaram um pouso de emergência no aeroporto de uma cidade próxima?
As investigações realizadas até agora indicam que os pilotos podem ter desmaiado em consequência da despressurização da cabine. Depois da pane de novembro último, a empresa Airbus distribuiu uma informação para os seus clientes do mundo inteiro, orientando como reagir em um caso semelhante. Mas não sabemos ainda o que aconteceu a bordo do Airbus da Germanwings. Pode ter sido um incêndio ou que gases venenosos impediram os pilotos de reagir.
Como vê a declaração da Germanwings, que descarta defeito técnico como causa da queda?
Não podemos descartar nenhuma causa, as investigações apenas começaram. Por isso, não descarto uma causa técnica.
Escreva um texto sobre as eventuais consequências deste excesso de confiança de alguns pilotos ao confiarem na totalidade nos equipamentos computorizados de voo. Que cenários/situações poderão prejudicar e/ou interferir sobre estes computadores?
Cotação: 20% da média da Unidade em estudo.
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Manuel Bernardo
Boa tarde,
Aqui estamos a falar acerca de um dos assuntos mais importantes da vida moderna. Na minha opinião este acidente, a queda do avião da Germanwings pode-se ter dado a um excesso de automatização, pois como nós sabemos, os equipamentos estão sempre sujeitos a avarias e não devemos nunca subestimar este grave problema. Estamos sempre a contar que se existir um erro humano, esta automatização irá resolver a falha com eficácia e num curtíssimo espaço de tempo. As grandes companhias querem transmitir o máximo de segurança em qualquer situação, ou seja, caso haja uma falha humana, o controlo automático deverá detectar o problema e corrigir a falha em questão de segundos, se houver falha da automatização, então ali terá que ser o factor humano a corrigir. Ora portante estamos aqui a equacionar a necessidade de uma interface humana/máquina que tem de ser um factor perfeito nesta era de modernização da aeronáutica, mas se isto não for possível e não for o suficiente? Há que ponderar outras alternativas tecnológicas e testá-las no seu devido tempo sem colocar em risco as vidas dos passageiros e da tripulação. Serão hipóteses a computação em nuvem, equipamentos mais avançados baseados em computação quântica, outros sistemas de segurança totalmente novos? É um assunto que vai dar que falar!
Filipe Reis; Curso Informática total, EL8061U
Bom dia Filipe.
Gostei da sua participação.
Estou de acordo, os equipamentos estão sempre sujeitos a avarias, deve haver sempre uma atenção especial!
Comente o seu colega Marco Morais. Obrigado.
Boa noite filipe
Concordo com tudo o que relatou
Dos primeiros sistemas de navegação aos modernos contribuíram para facilitar a carga de trabalho dos pilotos. Enquanto isso a aviação é algo que não somente já vivemos hoje, mas que pode resultar na morte de centenas de pessoas em cada acidente causado pelo excesso de confiança dos pilotos.
Em relação ao assunto, julgo que a máquina terá que sempre ser controlada pelo piloto, julgo que a automatização permite uma maior segurança, mas irá sempre haver imprevistos, causas atmosféricas avarias. Penso que será importante no treino dos pilotos proporcionarem-lhes o maior número de situações e experiências através de simulações para poderem reagir a esses imprevistos. Considero dessa forma o treino essencial para dessa forma tornar ainda mais eficiente a utilização da automação
Marco Morais curso Informatica para utilizadores
Utilizador – EL7944T
Bom dia Marco.
Estou de acordo, deve Haver sempre um controlo do piloto.
Os sistemas eletrónicos embora muito eficientes também estão sujeitos a avarias!Obrigado pela sua participação.
Comente o seu colega Filipe, obrigado.
Boa tarde Marco,
Exato, devem existir outro tipo de treinos e devem testar algoritmos novos com motores de decisão baseados em AI, inteligência artificial. Há que tentar de tudo para melhorar a segurança!
Cumprimentos,
Filipe Reis; Curso Informática total, EL8061U
Olá boa noite colegas e professor
Não há duvidas de que a tecnologia torna a nossa vida mais fácil de diversas formas, simplificando uma serie de tarefas que antigamente tínhamos que fazer com as próprias mãos. No entanto, por mais que isso nos traga benefícios de produtividade e qualidade de vida, quando as novidades se tornam parte da rotina podem abrir espaço para algumas situações perigosas. E isso já acontece com as pilotos de aviões.
Os documentos apontam, inclusive para uma crescente dependência das tripulações em relação à automação do cockpit, já que os pilotos atuam cada vez mais como gestores de sistemas, ou seja passam a maioria do voo monitorizando os equipamentos da aeronave.
Portanto, é preciso ter em mente que qualquer sistema por mais avançado que seja ainda depende da mão humana e por isso os profissionais da área não devem acomodar-se. Estarem atentos em todos os momentos de voo, bem como acompanhar de perto as inovações na aviação, devem fazer parte da rotina destes profissionais. Desta forma serão capazes de conciliar a precisão das maquinas com a ainda insubstituível habilidade humana.
UM SANTO E FELIZ NATAL
Bom dia Helena.
Obrigado pela sua participação, gostei muito.
Estou de acordo pois os sistemas por mais avançados que sejam necessitam sempre da supervisão humana, pois estão sujeitos a avarias.
Feliz Natal.